Eu não creio, porque não posso.
E talvez porque não queira.
Só que de tanto querer e não poder, acabei mesmo sem crença.
Não creio porque não vejo.
E nada vejo sem ter cegueira.
Mas é tanta cor que me assalta que me perco em daltonismos.
Como a rima que não surgiu, um passo de dança fora de tempo, ou a água que engasgo em sede infinita.
Momentos e nada mais.
Mais do que isso são mentiras, repetidas incessantemente até o mentiroso ser mentido.
Minto-me que existo, mas sei que quando desperto, só o corpo resta mais vivo.
A vida já lá vai, naquela noite e naqueles sonhos em que adormeci.
Naquele mundo onde eu sou.
Naquele mundo onde tu és.
E então torno a morrer.
E em cada noite sonho acordar para a vida...
1 comentário:
talvez possas acordar em breve.. ;)
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