27.7.05

Teoria da Relatividade (Parte II)

Deserto... Posted by Picasa


Com maior ou menor gravidade, os problemas são inevitáveis na vida de todos. Entende-se, neste caso, como problema, algo indesejável com que temos de lidar, sendo que na grande maioria das vezes não encontramos uma solução imediata. Existe sempre aquela tendência em pensar “Porquê eu?”. E se o pensamento fosse “Porque não eu?”? O contrário da realidade é igualmente questionável. Aliás, o contrário da realidade é tão credível e visível quanto ela própria, pois define um acontecimento que só existe, derivando do acontecimento pai. Por outras palavras, a antítese não é UM universo em que o acontecimento não tenha existido, mas sim, O universo em que o acontecimento não existiu. Abrindo os olhos, vemos claramente esta realidade alternativa. No nosso interior, naquele imenso que é bem mais do que aquilo que é palpável, conhecemo-la, vivemo-la, questionamo-la. Com toda a legitimidade. E pensamos... “Porque não eu?”.
Falando em realidades alternativas, se viajarmos até ao futuro, não será difícil encontrar o universo em que apesar do presente ter ocorrido, encontra-se obsoleto. É simples: viajemos ao passado por uns instantes... Regressemos então ao futuro. Está tudo tão diferente! Já não vejo o mesmo filme preferido, a mesma música que tocava incessantemente, a mesma frase idolatrada, ou o mesmo problema existencial. Tantas e tantas coisas que ontem (hoje) eram (são) fundamentais. Tantas e tantas memórias. Progressivamente mais turvas, quedando-se nos buracos negros da relatividade.

Apresento-vos o Semedo, um adolescente com muitas dúvidas e algumas certezas. Do seio da sua angústia e do questionar de dogmas, nasceu um esboço sobre a teoria da relatividade, fortemente impulsionado por existencialismos do quotidiano. Ironia do destino, o Semedo partiu o pulso direito, o que lhe condicionou temporariamente a vida e fê-lo secundarizar os problemas existenciais. Temporariamente. Afinal a relatividade do tempo de Einstein, é mesmo desprezável...

E Julho é então, mês de metáforas.

Nota final: A Teoria da Relatividade conduz a intuitivos reflexos (ou escudos). Deixei no ar a possibilidade de ultrapassar problemas, relativizando-os. Mas será que o drama de outra pessoa realmente nos ajuda a seguir em frente, no nosso próprio mundo? Na próxima semana: “Gasolina – Anestesia Local”.

1 comentário:

Anónimo disse...

pois... embora possamos relativizar os nossos problemas, eles não desaparecem e não se resolvem...
Acho q e' tb para isso q temos o nosso cerebro.. Para pensar na melhor forma de resolver os nossos problemas.
apesar de não concordar com algumas das ideias, post bem feito