5.4.06

Verbo Comunicar



Eu vivo porque tu vives.
Sem ti, sobrevivo.
Tu, que nao és um, nem uma, mas quando és, existes de facto e na tua solidão tocas-me omnipresente.

Não são versos que escrevo; são apenas frases desconexas e ao mesmo tempo ligadas pela mais covalente ligação possível, onde a intimidade está presente, tão presente que dela ninguem fala.

Até agora.
Até eu quebrar esse nosso silêncio, cantado em forma de harmonia, durante tantas noites e tardes.
Até eu sonhar com aquela nossa manha que nunca vivemos, onde não nos protegemos um ao outro, no lugar intemporal onde o sol aquece toda e cada uma das nossas epidermes.
Até olharmos para o céu e falarmos em uníssono da mesma espécie rara animal, num amarrotado trecho de nuvem...

Quando comunicarmos.

Como quando comunicamos...

Toca-me.


4 comentários:

Anónimo disse...

toquei-te.. e tocaste-me.. antes, agora e para sempre.

Anónimo disse...

"i’m sinking syncopating while i synch up with ur breath
kinkydelic visions years turn month then weeks then minutes
then moments then indefinite then infinite.."

Anónimo disse...

mas tu conheceste alguma brasileira? Lol

tah brutal e num registo completamente diferente..mas pra mim eh um poema, sabe-me a poema...

Anónimo disse...

ehehh

pra mim também é um poema...


note1: pow, essa muita nao é muito feliz hein?