20ºmedo
Às vezes é preciso que as nossas fundações mais sólidas tremam para que olhemos para elas e possamos reparar na sua firmeza. Às vezes é preciso chorar para voltar a sorrir, com a boca inteira. Porque é preciso a noite para que um novo dia nasça.
Hoje, muitas noites me vêm à memória. E nelas, eu, o abúlico...
No universo de muitos, ainda vivo nessas noites, confesso. Parado, sem transmitir frias ou quentes emoções. Filho do oculto, neto do silêncio, condenado a participar em histórias na pele de personagem secundária, na melhor das hipóteses. Lembro-me de muitos me olharem desse jeito, plenos de piedade ante de um crónico inadaptado, sem vontade de sonhar, ou vocação para amar.
Todavia, no meio de tanto breu houve sempre quem visse a luz da lua, ou até a luz do sol do meu próprio dia. Tu. Alguém que me fez descobrir que para tudo existe sempre uma alternativa, uma saída. Alguém que sempre fez brotar em mim o que de melhor eu podia dar. E também, alguém que lutou contra a minha noite, mesmo que esta só existisse... em pesadelos.
Continuo a acreditar que a plenitude dos mais intensos sentimentos é indescritível. Mas nunca, intransmissível. E se as palavras que escrevo parecem sempre parcas em relação ao que sinto, acredito agora que podem, à sua maneira e no seu espaço, transmitir emoções. Como uma montanha e a sua pintura: mesmo que tenhamos subido ao seu cume, não deixaremos de contemplar e apreciar a sua beleza na tela.
Pois então, não precisas mais de combater a minha escuridão. Eu, o abúlico, não existo, nunca existi.
Porque eu amo alguém.
Alguém que rima com alguém.
Hoje, muitas noites me vêm à memória. E nelas, eu, o abúlico...
No universo de muitos, ainda vivo nessas noites, confesso. Parado, sem transmitir frias ou quentes emoções. Filho do oculto, neto do silêncio, condenado a participar em histórias na pele de personagem secundária, na melhor das hipóteses. Lembro-me de muitos me olharem desse jeito, plenos de piedade ante de um crónico inadaptado, sem vontade de sonhar, ou vocação para amar.
Todavia, no meio de tanto breu houve sempre quem visse a luz da lua, ou até a luz do sol do meu próprio dia. Tu. Alguém que me fez descobrir que para tudo existe sempre uma alternativa, uma saída. Alguém que sempre fez brotar em mim o que de melhor eu podia dar. E também, alguém que lutou contra a minha noite, mesmo que esta só existisse... em pesadelos.
Continuo a acreditar que a plenitude dos mais intensos sentimentos é indescritível. Mas nunca, intransmissível. E se as palavras que escrevo parecem sempre parcas em relação ao que sinto, acredito agora que podem, à sua maneira e no seu espaço, transmitir emoções. Como uma montanha e a sua pintura: mesmo que tenhamos subido ao seu cume, não deixaremos de contemplar e apreciar a sua beleza na tela.
Pois então, não precisas mais de combater a minha escuridão. Eu, o abúlico, não existo, nunca existi.
Porque eu amo alguém.
Alguém que rima com alguém.
6 comentários:
ou nos teus sonhos...
Mas nunca, intransmissível??
Quis dizer que Nunca acreditarei que a "plenitude dos mais intensos sentimentos" seja intransmissível. Por outras palavras, acredito convictamente que por mais intenso que seja um sentimento (positivo ou negativo) é sempre possível demonstrá-lo ou transmiti-lo. Na minha honesta opinião, é claro...
Porque terei eu vindo aki parar?! Não sei..mas sei k vim..e ao ler isto defrontei-me tambem com a minha realidade!! Palavras lindasss e sentidas... Muito bunito mesmo!! Espero para ti o mesmo k espero para mim..uma luz uma pekena luzianha no meio de toda esta escuridão!! Apenas para k possa segui-la e lá..sim lá..encontrar o verdadeiro sentido da palavra felicidade!! =) Beijo
Piedade? Em muitos casos provavelmente curiosidade.
Amei, amo e amarei...a tua lua, é a minha lua, o teu sol é o meu dia,e... sem dia, eu...morrerei! Porque perderei a capacidade de sonhar... e com ela... a de amar.
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